«Esta medida de duración se llama evo y está entre el tiempo y la eternidad. Tiene principio pero no fin, no le es propio el movimiento pero el mismo no repugna a su noción mientras que al tiempo le es propio el movimiento. Es decir “... el tiempo tiene antes y después, el evo no tiene antes ni después en sí mismo pero pueden juntársele y la eternidad no tiene antes ni después ni es compatible con ellos»

Santo Tomás de Aquino

sábado, 21 de janeiro de 2012

Eu, Pablo

Há um momento para tudo e neste dia
 21 de Janeiro 
quero dar esta explicação.
E pode ler-me ao som desta versão fabulosa de Ana Carolina e Seu Jorge "É isso aí" ou do original de Damien Rice "The Blower's Daughter"
O EVO estava escrito e guardado há muitos anos, já o disse e volto a repetir, foi o meu primeiro livro e eu não tinha vontade de o publicar. Depois de todo este tempo passado não poderia pôr-lhe a mão e escrever uma linha que fosse, hoje não escrevo (nem sinto) da mesma forma e considerei que estragaria o que estava escrito - toda a candura que transmiti na personagem Anita - agora seria uma narradora tão, tão diferente . . .

Daí à ideia de pegar na outra personagem do livro - o ELE - e com isso, como que . . . abraçar o Evo com um outro narrador, num outro olhar mais maduro e poder alargar, quiçá completar e complementar a história já escrita. Foi tão rápido que quando dei por isso tinha-o feito. «ELE» chega-nos num fim-de-semana de chuva e acompanha-nos nesta viagem pelo tempo sem tempo.
EVO ficou no meu sentir um livro completo e por fim . . . acabado. De uma forma graciosamente pragmática, Miguel, o meu editor, chama-lhe: «o primeiro-quarto livro de Ana Martins».

Quem já o leu, sabe que no enredo deste romance há uma conta de Facebook que tem um determinado intento. Tal como esta personagem masculina (que desenhei ruivo com olhos claros, sim, um de cada cor), se levantou de mim e caminhou sem pernas nem asas, mais além que a ponta dos meus dedos, num daqueles momentos a que chamo de ímpeto de impulsividade perfeitamente lúcido, também essa conta FB que seria apenas no papel saltou para a realidade possível na vida virtual. Criei a conta da personagem masculina, ruivo e de olhos claros - sendo a imagem sempre só de um olho - no livro a personagem tem um olhar especial, um de cada cor e quis brincar com esse facto, fazendo disso um mistério apetecível e até, chamar a atenção, para um detalhe que tem uma grande importância no livro. Brincando, fui-me acercando do intento dele de chegar à sua Anita. Mas a brincadeira saiu da minha mão e perdi o pé. Como boa personagem, voou-me. «ELE» tornou-se na melhor campanha de marketing para o livro EVO que o meu editor pudesse sequer ter imaginado. Voou tanto que só agora, depois de lerem o livro, entendem o que estou aqui a explicar sem deixar comprometida a leitura de quem ainda não o fez: Esta personagem de ficção que passou do livro ao FB ganhou o seu espaço e encantou quem o rodeou. Verdade que o desenhei assim - verdadeiramente cativante e sempre com a firme ideia de fazer dele uma personagem credível, apesar de apaixonante.

Mas foi mais além e tudo quanto disse, pensou ou fez . . . foi a continuação do livro, onde acabou o livro, depois de ter lido o leitor entenderá que o que acompanhou no FB seria um cenário provável e plausível de um futuro das personagens que era entretanto já tempo presente . . .  e como EVO não se mede em tempo de relógio, porque não, para mim autora brincar com um tempo sem tempo?



Devo confessar que para mim, Ana, foi complicado assimilar e até aceitar pôr-me numa situação quasi-esquizóide, mas, para a escritora foi uma deliciosa aventura escrever a personagem alive!!, em directo a interagir com o seu público! O tempo de reacção de resposta tinha de ser imediato e persisti a responder em espanhol, e essa aventura. . .  Ahhhh, foi inesquecível! Muito obrigada a todos que me são naturalmente mais chegados e sabiam ser personagem, que se prontificaram e me ajudaram inicialmente elaborando diálogos com «ELE»

No dia do lançamento do Evo revelei aos presentes o que agora vos conto, como criei a personagem e como durante a sua passagem pelo Facebook e no seu Blog «ELE» soube ser realmente real e como eu nunca menti. «ELE» sempre foi, sempre o disse, "uma personagem de mim mesma"

«soy uno. personaje de mí mismo.»

Hoje, e porque o Blog EVO começou no meu aniversário, com a personagem metendo-se comigo, hoje, sendo o real dia de cumpleaños dele - é claro, ambos a 21, tinha de ser - fecho a sua passagem efémera pelo mundo virtual do FB, deixo de actualizar o seu Blog EVO e sim, é claro, retiro a personagem enquanto meu companheiro romântico de status assumido. :o) Malta!!!, era uma personagem!! Eu? Gosto da minha privacidade. E para onde o levo, perguntarão? Ora, à personagem eu remeto-o de novo e apenas ao livro EVO, encerrado na grandeza do que sente, pensa e faz num fim-de-semana de chuva.


Já o presente de aniversário, deixo-o a meus leitores com uma última revelação que muito me foi requisitada após ter anunciado que era apenas uma personagem: «E quem é o do olho?» Ora, sendo uma personagem apenas virtual, mas que viria a ter um "relacionamento" comigo de forma romântica, decidi pedir emprestada a imagem a uma figura bastante apresentável. Convenhamos, gostei da escolha . . . ruivo, com um olho de cada cor, seria difícil, pensei, enquanto escolhia o eleito. Eis o moço.




Te quiero regalar una palabra.
En Portugués se dice igual que en Español...
Es una palabra pequeña, pero la más grande de todas...
«EVO»... en un buen diccionario encontrarás su significado...
o en mi corazón



Ahhhhh y ¡¡ feliz cumple !!


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